sexta-feira, 28 de maio de 2010

Cansada dos textos acadêmicos

“Quem é que não gosta de apreciar os fogos de artifício na passagem de ano, de contemplar um céu estrelado, de passear num dia de Sol, de assistir a uma boa peça de teatro? Talvez você nunca tenha se dado conta do quão importante são os raios de luz, no nosso dia-a-dia. A luz, à qual o olho humano é sensível, é uma radiação eletromagnética, que se situa entre as radiações infravermelhas e as radiações ultravioletas, e é estudada na física óptica.” – essa já foi a introdução do meu trabalho, antes de o professor rir da minha cara e dizer que o meu texto está mais pra revista Capricho.
No colégio, muitas vezes, é assim: recebemos um tema qualquer, fingimos ter uma opinião e nos esforçamos para redigir um texto conciso e acadêmico; e vai ser assim no vestibular, no trabalho, na vida toda. Eu, particularmente, me considero sortuda por achar minha língua bonita, e normalmente ter o que argumentar nas redações que me são impostas. Mas o prazer de escrever me veio, pela primeira vez, quando eu tinha o que dizer e ninguém pra me escutar, quando eu me senti torturada pelos pensamentos, e tinha que organizá-los de alguma forma. Bom, aí aconteceu: um texto, sem forma, sem métrica, sem as frescuras de um texto acadêmico. E de agora em diante, vai ser assim: eu terei o que dizer, se você quiser me ouvir, fique à vontade.