sábado, 29 de maio de 2010

Eu, irônico?

Eu não pensava realmente em escrever sobre isso, quando eu disse para o meu namorado, que sua frase “nossa, como sou irônico” seria a inspiração do meu próximo texto. Bom, aí está. Mas posso explicar. Há tempos, tenho percebido o quanto quero ser diferente de todo mundo, porém não o sou. Por quê? Porque eu ainda tenho medo de não estar mais dentro dessa sociedade, que eu odeio tanto. Mas tenho percebido também que muitas pessoas nem sequer se questionam sobre esse tema, o que me torna, pelo menos um pouquinho, diferente.
Quando estou no colégio, muitas vezes quero não estar. Crise de adolescente? Não! Fico pensando como tudo seria bem diferente se a gente assistisse às aulas, sentados, despidos, de baixo de uma árvore. E é claro, sem sentirmos que estamos sendo secados pelos nossos colegas de classe, por que as vestimentas seriam completamente anormais, como numa tribo indígena. Os seios femininos seriam apenas para alimentar seus descendentes, e ninguém usaria sutians super sexys, ou decotes, por que o busto já estaria à mostra. Não quero escrever uma utopia de um mundo santo e inocente, mas os homens não se excitariam mais com roupas provocantes que deixam à mostra só o suficiente para que suas mentes maliciosas e humanas imaginem o resto, por que o resto já estaria ali, não perderiam tempo nas ilusões. A sensualidade é natural, com roupas ou sem roupas.
Me incomoda profundamente o fato de as pessoas sempre quererem mudar sua aparência, e, principalmente, me incomoda o fato de eu me incomodar tanto com as minhas espinhas, falo sério. “O meu cabelo é isso, é aquilo, estou gordo, vou colocar silicone...” já cansei de ouvir essas frases, não concordo com as mudanças que os outros querem fazer, quanta futilidade! Mas continuo esperando ansiosamente o dia da minha dermatologista chegar. Por quê as pessoas gastam tanto com as melhores roupas e adereços, se com isso tudo elas podem provar que não são elas mesmas? Mas, se eu tivesse dinheiro, eu não faria a mesma coisa? O dinheiro não me tentaria o suficiente pra eu seguir esse costume ridículo? Espero que, se algum dia eu tiver tanto dinheiro, eu não seja uma pessoa fraca. Me sinto feliz quando me satisfaço com qualquer coisa realmente verdadeira, quando aprendo coisas novas, quando canto, quando sei que faço alguém feliz. Será que é isso que todo mundo sente quando segue todas as normas da sociedade? Eu tenho minhas dúvidas.

Um comentário:

  1. esquece o que eu falei do outro! nao tem como nem porque escolher um preferido!

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