"E há tempos, nem os santos
Tem ao certo a medida da maldade.
E há tempos, são os jovens que adoecem.
Há tempos, o encanto está ausente.
Há ferrugem nos sorrisos.
E só o acaso estende os braços
A quem procura abrigo e proteção.
Meu amor,
Disciplina é liberdade.
Compaixão é fortaleza.
Ter bondade é ter coragem."
Tem ao certo a medida da maldade.
E há tempos, são os jovens que adoecem.
Há tempos, o encanto está ausente.
Há ferrugem nos sorrisos.
E só o acaso estende os braços
A quem procura abrigo e proteção.
Meu amor,
Disciplina é liberdade.
Compaixão é fortaleza.
Ter bondade é ter coragem."
Renato Russo
"E adveio então, num instante predeterminado,
ResponderExcluirum momento no tempo e do tempo,
Um momento não fora do tempo, mas no tempo,
naquilo que chamamos historia: seccionando, dividindo
a esfera do tempo, um momento no tempo, mas não
como um momento do tempo,
Um momento no tempo, mas o tempo foi feito
através desse momento, pois sem significado não há
tempo, e aquele momento do tempo lhe deu o sentido.
Pareceu então que os homens deviam seguir
de luz em luz, na luz do Verbo,
Através do sacrifício e da paixão salvos e despeito
da negatividade que o ser de cada qual continha;
Bestiais como sempre, carnais, egoístas,
interesseiros e obtusos como sempre haviam sido
E ainda assim lutando, sempre reafirmando
e recomeçando a marcha num caminho que fora iluminado pela luz;
Tantas vezes parando, perdendo tempo, desviando-se,
atrasando-se e voltando, mas jamais seguindo outro caminho."
T.S. Eliot, Coros de "A Rocha"
Logo depois de escrever essa música, ele, Renato Russo, quando estava sem sono num quarto de hotel, levantou, abriu um exemplar do Novo Testamento em cima do criado mudo e leu a 1ª Carta de São Paulo aos Coríntios...
ResponderExcluir“É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Monte Castelo
Legião Urbana
Composição: Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).