sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Novelo, lã e nó

Meus pensamentos têm saído de suas caixinhas, todos ao mesmo tempo, e se esparramado pelo chão, nos últimos dias. É engraçado perceber que quanto mais eu cresço, mais misturados eles ficam, mais se aglomeram e não se ajeitam na minha mente, como esperava que fosse natural de acontecer. De mansinho a primeira caixinha se abre e esbarra nas outras, até que muitas vão se libertando, e normalmente chegam em você, na sua caixinha. Há uns tempos a sua caixinha era a mais isolada, me parece... Ela era aberta e custava a fechar, enquanto as outras continuavam inertes. Agora, porém, são as outras que chegam nela, geralmente, e é mais tranquilo desse jeito, porque nada se exclui, tudo se junta no emaranhado da minha mente. É uma confusão, mas no meio dessa confusão, às vezes me acho. Me acho, eu mesma, com os nossos segredos e imperfeições, com a nossa pequenez, mas com uma serenidade silenciosa, que vem de eu saber ser um novelo de lã embaraçado, mas colorido. Com uma serenidade de saber que eu nunca vou estar totalmente desembaraçada, porque tudo o que me toca é mais um nozinho lá e eu vou levando esses nozinhos para a minha vida... Para perceber que eu posso não ser nada, mas que eu sou eu... Eu sou cada laço, cada curva. Novelo, lã e nó.

Um comentário:

  1. Vê-la crescer é confirmar que Bruno Mars acertou no que disse...

    When I see your face
    There's not a thing that I would change
    'Cause you're amazing
    Just the way you are
    And when you smile,
    The whole world stops and stares for a while
    'Cause girl you're amazing
    Just the way you are

    E afinal de contas, como você mesma descreveu, Deus usou de muita criatividade quando lhe fez (essa união "Chiqueto" + "Machado" gerou uma primavera humana no ceio dessa cidade)...!

    ResponderExcluir